Tive a honra de nascer na Amazônia, sabendo que quem nasce aqui não apenas “nasce” na floresta. É parte dela.
E com a força dela vi meus pais se desdobrarem para colocar comida em nossa mesa. O meu primeiro exemplo de empreendedorismo veio de dentro de casa: meu pai tinha um bar e minha mãe, movida pela necessidade, produzia dindim, delícias ensacadas também conhecidas como sacolé, laranjinha, chup-chup, geladinho, refrescos para o calorzão que nos faz derreter.
Aos 16 anos, fazendo planos para uma faculdade, me vi grávida e sozinha, imersa em medo e insegurança. Meu namorado abandonou a mim e ao filho que estava por vir. Quando meu bebê nasceu, amadureci à força. Nascia ali também uma mãe carregando junto com seu filho toda a responsabilidade do mundo.
Para que eu não abandonasse a escola, meu pai cuidou do pequeno, enquanto eu me dedicava a finalizar o ensino médio. Eu sempre acreditei que dias melhores viriam, mas as dificuldades não davam muita brecha à esperança.
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