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Foto do escritorRicardo Xavier

Os sorrisos de Francisca – A história de Francisca Dias

Sou uma Francisca, entre tantas!

Na minha cidade, Joinville, há a rua Dona Francisca, o bairro Dona Francisca, a Estrada Dona Francisca, a Serra Dona Francisca. Eu sou neta de Francisca, uma mulher doce que morreu após o nascimento do filho, meu pai. Herdei dela esse nome.

A garra para enfrentar as batalhas do dia a dia também foi herança de família. Meu avô era um empreendedor nato, construía casas. Meu pai é eletricista, autônomo que, 

de sol a sol, dedicava-se a iluminar vidas alheias.

Minha mãe teve um pequeno comércio, um mercado referência no nosso bairro, que só foi fechado quando ela começou a apresentar um grave problema genético de visão. Restam a ela apenas 10% da capacidade de enxergar. Seus olhos veem apenas vultos. Nesses mistérios da vida, meu pai fazia a luz e minha mãe se via na escuridão.

E juntos eles eram mais fortes.

Quando era criança eu ajudava na limpeza da casa enquanto minha mãe trabalhava fora. Num vai e vem de vassoura, quebrei o vaso que minha avó havia dado de presente. Levei uma bronca daquelas inesquecíveis…Fui para escola com a consciência pesada. Em minha cabecinha fervilhavam ideias sobre como eu poderia ressarcir minha mãe pelo objeto perdido, tão repleto de significado. 

Depois da aula, fui parando de casa em casa, perguntando se as pessoas me dariam um emprego, porque eu precisava comprar outro vaso.Com o correr do tempo, esqueci o vaso, mas não a vontade de fazer meu próprio dinheiro. Na adolescência comecei a vender lingeries. Sempre me virei, sempre acreditei no poder do conhecimento. 

Leia a história completa da Francisca e outras empreendedoras no livro “Consulado da Mulher 20 Anos”


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