O broto rompendo a terra, anunciando a vida, milagre que surge da semente.
Aprendi cedo a admirar os ciclos da natureza ajudando meus pais na lavoura. Pequenos agricultores na zona rural de Botuverá, na região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Aprendi desde a infância a me encantar pela vida de cada criatura. Do mais minúsculo inseto às árvores imensas que resistiam à voracidade do crescimento das cidades.
Constantes em Botuverá eram o amor da minha família e o trabalho de caridade das Irmãs Catequistas Franciscanas a amparar o povo pobre da terra. Foi por elas o meu maior deslumbramento. Aos 14 anos, a necessidade me obrigou a deixar meus pais no interior para trabalhar como babá em Brusque.
Com o passar do tempo, fui contratada em uma tecelagem, mas tecia mesmo meus dias me espantando com a capacidade de transformação das pessoas, dos animais, com a beleza dos pequenos gestos de solidariedade. Ingressar na vida religiosa era uma semente que crescia forte e determinada dentro de mim.
Meu tempo era dividido entre o emprego, que complementava a renda da família, as conversas com minha mãe, e os estudos. Aos fins de semana me permitia assistir um filme na TV. E em uma dessas sessões, uma obra de arte com menos de duas horas de duração veio a mudar o rumo da minha vida para sempre.
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