A casa recheada de açúcar, de afeto, de tradições e de música. Assim era, para mim, a casa de meu avô. Ele saiu da Alemanha para tentar a vida no Brasil, mas a Alemanha nunca saiu dele.
No imóvel de dois andares, assoalhados com longas tábuas corridas em Joinville, Santa Catarina, a família toda falava alemão fluentemente e dançava embalada pelas canções tradicionais de lá. Era ali que a gente se reunia para preparar biscoitos natalinos, amassados pelos adultos, pintados pelas crianças com glacê, criatividade e bolinhas coloridas.
Quando fui estudar administração e comércio exterior em Curitiba fazia questão de visitar meu avô em férias e feriados. Voltei após estar formada atraída pelo carinho e pelo perfume do bolo fumegando todos os fins de semana. Trabalhava no setor de câmbio de um banco, enquanto sonhava com dias mais adocicados.
Meu noivo e eu pretendíamos abrir uma casa de chá no antigo endereço onde meu avô cresceu. Juntamos dinheiro com esforço e perseverança. Levamos três anos para reformar a casa e deixá-la exatamente como planejamos receber a clientela. Foi um sucesso na cidade.
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