Feliz 104º Ano Internacional da Mulher!

Feliz 104º Ano Internacional da Mulher!

Inês Meneguelli Acosta, Co-Idealizadora do Instituto Consulado da Mulher (1999-2008), fala sobre a importância da persistência para quem quer empreender.

aspasEssa é uma data muito importante a ser comemorada no calendário das conquistas sociais das mulheres, principalmente porque, neste último século, muita coisa melhorou na nossa vida aqui no Brasil e para a maioria das mulheres do mundo ocidental.  Nos comunicamos muito mais rapidamente e nada – ou quase nada – foge do nosso alcance, principalmente se quisermos buscar na internet.

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A importância da informação e do conhecimento é fundamental na vida da mulher, pois é a chave para a abertura de consciência sobre o porquê das coisas serem como são ainda hoje. 

A mudança de entendimento e de comportamento no ser humano não acompanha – nem de longe – a rapidez com que todas essas tecnologias têm mudado.  Com gente é diferente!

Assim encontramos a NORMOSE. Normose é aquilo que consideramos “normal”, mas é prejudicial a muitas pessoas, podendo causar até a morte. Foi o caso do cigarro (antigamente); e muitas outras coisas que poderíamos citar, mas a principal delas – e a que mais traz prejuízo às pessoas – é o MACHISMO.

O machismo praticado pelo homem e também pela mulher é aquele tipo de comportamento repetitivo de tantas gerações que achamos que é normal quando não o é.  Ele é funesto, é danoso para as famílias, adoece os que praticam e os que sofrem suas consequências – às vezes chegando à morte – mas é tão forte nas culturas que é continuamente praticado, numa perspectiva inconsciente. 

Inconsciente porque não sabemos o porquê achamos normal que homem tem que ser forte, tem que impor sua vontade – muitas vezes usando a força física. Que é normal o pai ser bravo, que tenhamos medo dele, e que ele tem que dar a última palavra nas decisões importantes da casa. É melhor para a educação dos filhos, dizem alguns desavisados. 

Queremos mudança?  Então comecemos por nós!

Sabemos que em quase todas as estatísticas as mulheres estão em condição bem desigual comparada ao homem.  Uma das únicas onde ela se destaca é nos anos de estudo.  Por isso quero neste pequeno artigo incentivar cada pessoa que está lendo agora a não parar de estudar, melhorar sua qualificação na profissão que abraçou e ler constantemente. Seja persistente, não desista nunca e busque dentro de você a coragem para entender melhor esses porquês e identificar pontos que podem mudar sua condição de vida. Melhore seus relacionamentos a partir de uma convivência salutar de respeito mútuo em qualquer ambiente em que se encontre: no lar, na escola, no trabalho, no lazer, na igreja. Em cada situação de convívio social você pode fazer a diferença se não mais aceitar a opressão. 

“Quem se curva aos opressores, mostra o traseiro para o oprimido” com essa frase o cartunista Millôr Fernandes traduziu todo o esforço feito pelo educador Paulo Freire em nos mostrar a importância de estarmos cada vez mais conscientes de nossos direitos e deveres para a vida em sociedade.

Os movimentos sociais de 2013, o casamento de Daniela Mercury e o beijo gay que comoveu o Brasil no final de janeiro chacoalharam os preconceitos de muita gente. Sabemos que muita coisa está mudando na forma de pensar e agir das pessoas e é essa abertura de consciência que devemos estar sempre atent@s a despertar em nós e fazermos a diferença onde estivermos.   icon_fechaAspas

Inês Meneguelli Acosta é Conselheira do Fundo de Investimento Social Elas e compôs este texto para a edição número 30 da Revista do  Consulado da Mulher